sábado, 12 de março de 2016

Ser professor, hoje?
Ser professor pode assemelhar-se a um salto! A um vigoroso salto para o vácuo, no sentido em que se revela, hoje, contingente ou mesmo impossível de consumar.

Porém, este salto é também um impulso de libertação, um desejo: 
De superar barreiras, institucionais e pessoais. É a expressão de uma premente vontade de que a escola não seja mais esse espaço-tempo burocratizado, que encerra professores e alunos numa rede cerrada de obrigações e constrangimentos, que os reduz a simples rodas de uma abismal máquina.

É o sonho de uma escola que possa ser vivida: 
Como um espaço-tempo de encontros e afectos, de autonomia e interdependências, de criatividade e construção legítima da realidade, de experimentação, descoberta e aprendizagem. Uma escola, como dizia Agostinho da Silva, sem paredes, em plena inter.relação com o mundo. É a expressão do desejo de que a utopia - esse mundo ainda por fazer - se faça acção, e que ser professor seja um salto, não em vão.

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